Para a criação das tão belas coleções da grife, as artistas, à princípio se inspiram em formas que encontram na natureza. Vejam alguns exemplos:
Assim, a partir do insight que obtêm delas, fazem um molde de gesso.
Com diversas ferramentas esculpem à mão esses moldes, misturando então, às texturas próprias dos elementos, as texturas criadas por elas.
Este processo lhes permite fazer uma releitura do objeto já existente no meio natural. Todavia, com uma beleza que em muito supera a maioria das “fontes de inspiração”…
E assim criam as peças únicas, com formas inusitadas e que a todos encantam. A seguir, amostra de peças da linha Abissal:
Nicole Toldi e Luiza Toldi – Parceiras na arte e na vida.
Da necessidade de criar e fazer algo, Nicole e Luiza Toldi encontraram na arte uma realização pessoal. Além disso, vivem em busca do inusitado e do belo.
A princípio, Nicole iniciou sua trajetória profissional como paisagista. Foi isso que lhe permitiu então, criar uma relação íntima com a natureza. Assim, de maneira única e singular, Nicole traduz toda essa vivência em peças de porcelana. e que peças!!! Objetos únicos, diferenciados, apesar de sempre brancos, têm na textura e formas únicas sua marca registrada.
Luiza, filha de Nicole, com sua formação artística, desenvolve a identidade visual da marca. Ela portanto cria, junto com a mãe, os conceitos das novas coleções.
Nicole e Luiza Toldi assim se definem:
E quem então poderia fazer isso melhor do que elas próprias? Nesse sentido, podemos garantir que ninguém…
“Vivemos no alto das montanhas da serra da Mantiqueira, em meio a árvores centenárias e nascentes de água.
Essa imersão plena na natureza desperta nossos sentidos.
Sentimos suas texturas, observamos suas formas, contemplamos seus detalhes, e traduzimos toda essa vivência em peças de porcelana.
Criar formas e texturas nos faz sentir integradas ao mundo. Esculpimos o que sentimos para dar vida a novas peças. Cada molde é único, e o resultado é sempre uma surpresa.
Nos permitimos criar livremente. Experimentando diferentes técnicas e novas linguagens, sem nos ater a um único processo.
Essa liberdade é o que nos mantém vivas e criativas. Assim, criamos linhas exclusivas com peças únicas.
O resultado final é só uma etapa de um longo processo. Controlar as expectativas e desfrutar do caminho é um grande desafio. Brincamos com formas e texturas inusitadas, com o objetivo de exaltar as singularidades que existem em cada um de nós.
Caminhamos juntas, mãe e filha, atentas às surpresas de cada experiência. Sempre com o coração e os braços abertos para o que vier.”
E muita coisa boa, certamente, há de vir. As magnificas criações de ambas artistas dispensam comentários e, acima de tudo, falam por si…
De acordo com a linda imagem a seguir, onde Nicole começa a transmitir ao netinho o amor pela arte, alguém duvida que esse talento e amor irá ainda muito além???
A artista plástica Regina Medeiros faz milagres com o vidro. Ou seja, ela consegue transformar simples itens da natureza em objetos de design especial e de muito requinte. Cabaças ou purungas como também são conhecidas, ou até um simples quiabo, a inspiram a criar. Assim, nas mãos da artista, surgem belíssimos objetos de design. Enfim, além do formato especial e peculiar, seus objetos brincam com a luz. Dessa forma, eles mudam de tom de acordo com a luz que sobre eles incide. Consequentemente, dão ao local onde expostos, o toque de classe e de personalidade que os moradores procuram.
Mas como surgiu essa enorme capacidade artística? Apesar do “dom” ser algo nato da pessoa, o talento requer estudo e muita prática. Ainda que os termos “dom” e “talento” sejam similares na essência, o talento a gente pode exercitar. A junção de ambos chamamos “habilidade” . E o que fez Regina para desenvolver uma tão grande???
Além de cursar Desenho e Plástica na Faculdade de Artes Plásticas da FAAP, em São Paulo, Regina ainda é formada pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, em Educação Artística. Tanto preparo, somado ao dom nato de Regina, só podia gerar a magnífica artista na qual ela se tornou.
A mudança:
Em 1988, Regina decidiu trocar São Paulo por Belo Horizonte. E não é que o solo das Minas Gerais cooperou para tornar ainda mais especial o trabalho dela? O solo da capital mineira é rico em óxidos metálicos e, como resultado, as peças passaram a apresentar cores, texturas e tons chocantes… Igualmente, os generosos tamanhos dos objetos criados surpreenderam e continuam a surpreender o observador de seu tão especial trabalho.
Há mais de três décadas Regina Medeiros foi pioneira dessa fusão de materiais no vidro. Antes, isso só se usava em trabalhos de cerâmica, pelo menos aqui no nosso Brasil…
Atualmente, para mostrar que o dom pode ser geneticamente transmitido, sua filha Luciana Medeiros segue o brilhante caminho iniciado pela mãe. Enfim, o delicado e tão especial trabalho de pesquisa continua e os clientes sentem que, se com uma o trabalho já era bom, com duas, só podia ser melhor!!! E assim é!
Os tipos de fibras Naturais mais usados em decoração
Atualmente se valoriza menos os materiais sintéticos, como acrílicos e plásticos, porém em contrapartida, se valoriza muito o natural. Assim, o material natural passa agora a ser considerado o queridinho de todos. Então, cada dia mais se depara com o desenvolvimento do design e da tecnologia aplicada às fibras naturais, conferindo a este tipo de material um acabamento primoroso e com visual moderno.
Por exemplo, podemos citar a nossa linha de colares decorativos para mesas e paredes. Atualmente, são considerados como “O Novo Luxo”. Em primeiro lugar, são sempre feitos com fibras naturais e materiais obtidos da natureza de forma sustentável. Em segundo lugar, são tingidos apenas com corantes naturais e nunca agredindo o meio ambiente.
Concluindo, o artista cearense Roberto Dias Nunes assina a grande maioria de nossos colares e esculturas deste estilo e é o grande responsável pelo sucesso destes objetos.
As fibras naturais podem ser:
1-Fibras de origem ANIMAL:
Neste grupo de fibras, as principais são as de secreção glandular de insetos, como a seda, e as provenientes dos bulbos pilosos (pelos) dos animais., como a lã.
Em nossos colares ambos materiais são utilizados na forma mais rústica e menos processada. O bicho da seda, sob forma de lagarta, se alimenta de folhas de ramos podados das amoreiras. Então, após alimentadas, fazem os casulos de seda. Depois disso, este casulo é retirado e aberto. Ou seja, cada casulo é um novelinho de fio único que pode chegar a ter mais de mil metros de comprimento.Os casulos então são coletados, cozidos a altas temperaturas, onde a proteína que cola o fio do casulo é dissolvida na água, soltando o fio. É então que o fio é enrolado em carretéis, junto de outros fios de outros casulos. Esse fio, é usado nos colares da forma menos processada, daí o nome de seda rústica. De acordo com as imagens a seguir, se vê os casulos de seda e trechos de colar decorativo onde a seda rústica foi enrolada por Roberto Dias para preparo de um de seus colares.
2-Fibras de origem MINERAL:
As fibras minerais são provenientes de rochas com estrutura fibrosa e são constituídas essencialmente por Silicatos. O principal exemplo é o temido amianto.
3-Fibras de origem VEGETAL:
As fibras vegetais são estruturas alongadas, de secção transversal arredondada, e podem ser divididas de acordo com a origem. Por exemplo: fibras de sementes, de caules, de folhas, de frutos…
Logo, como as maiores dúvidas de nossos clientes e seguidores se referem às fibras VEGETAIS, vamos nos ater principalmente a elas. A imagem a seguir mostra a fibra de sisal e as paleta natural de cores da mesma. Porém falaremos dela mais para frente.
Principais tipos de fibras Vegetais:
Atualmente, as mais conhecidas fibras vegetais são o bambu, o vime, a taboa ou junco, os cipós em geral e o sisal. Conforme a forma que são trabalhadas, podem dar origem a peças de decoração muito especiais.
BAMBU:
Originário da China, o bambu simboliza a resistência. Ele se mantém firme o ano todo, porém é flexível, não se rompendo com o vento nem com o peso da neve. Atualmente, é bastante usado na confecção de objetos decorativos.
Assim, entre outras propriedades, o bambu tem em sua fibra uma aliada, homogênea e pesada. Ela é uma fibra com propriedades antibacterianas. Então, sua cultura dispensa o uso de pesticidas. Morfologicamente, podemos dizer que o bambu é um vegetal muito resistente. E tem uma alta taxa de crescimento. Por exemplo, algumas espécies de bambu crescem mais de um metro por dia, e nenhuma outra planta no planeta apresenta taxa de crescimento similar!!! Certamente, suas fibras são mais fortes do que as demais. É ecologicamente um material muito especial.
A Cana da Índia, muito usada na década de 70, nada mais é do que uma espécie de bambu. A única diferença é que a cana-da-índia tem caules mais delgados e de tamanhos uniformes.
A Taquara, da família dos bambus, é conhecida e usada desde tempos pré-colombianos, quando já lhe davam as mais diversas utilidades. É usada para a fabricação de pífanos — instrumento musical do Nordeste brasileiro de origem indígena e europeia, também conhecido como pife.
Em nossos colares procuramos prestigiar o bambu, para trazer a força desta fibra junto com os colares decorativos, para a casa de nossos Clientes. Na imagem a seguir um pedaço de bambu sustenta os fios de algodão do pingente preto:
VIME:
Vime é um material utilizado desde os tempos primitivos. Em Ur, pátria de Abrahão, descobriram sarcófagos de vime de mais de 5.000 anos. Ele é originalmente oriundo de varas moles e flexíveis do vimeiro e que passou a designar qualquer matéria-prima de origem vegetal com tais características e que, trançado, possui diversos usos, principalmente na manufatura de cestos e móveis. Com o aparecimento dos produtos sintéticos, seu cultivo diminuiu sensivelmente.
Em nossos colares de mesa, vime trançado é presença frequente. Segue um exemplo, onde ele se encontra trançado nas esferas:
JUNCO:
Parente do papiro, de caules cilíndricos e ocos, típico de regiões alagadiças, também é conhecido como Taboa.
De porte médio, a altura do junco não ultrapassa 1,5 m. A espécie brasileira mais importante é a Juncus effesus. Encontrado em abundância no Pará e na Amazônia, tem caules flexíveis, empregados na confecção de adornos, acessórios e acabamentos de móveis.
No Brasil, o próprio trabalho trançado em vime ou junco é, às vezes, chamado de Rattan, porém O Callamus rotang é uma palmeira trepadeira da Ásia e Oceania. Esta é conhecida como rottin (francês), rotting (holândes), rotim (português). O Rattan é extraído de uma palmeira original da Índia e utilizado em tramas para tampos de mesa e fechamentos de móveis.
A seguir, um colar de mesa em sisal com detalhe de anel de junco entre as duas semi esferas de madeira:
CIPÓ:
Cipó (ou apuí) é o nome dado a várias plantas trepadeiras de caule amadeirado que crescem enroscadas ao tronco das árvores ou pendem deles. Então, essas raízes aéreas é o que normalmente se chama por Cipó e é a parte utilizada na fabricação de móveis. Os cipós espalham-se por suas copas em busca da luz necessária para sobreviverem.
Os cipós podem ainda ser úteis na construção móveis e utensílios domésticos e na confecção de objetos de decoração.
Portanto, algumas espécies são extremamente antigas. Em pesquisas recentes, descobriu-se que há cipós que se originaram no Brasil, na região hoje dominada pela mata Atlântica, há cerca de 40 milhões de anos.
SISAL:
O sisal teve seu apogeu econômico nas décadas de 60 e 70. Apesar da utilização das fibras sintéticas, a necessidade de preservação da natureza e a forte pressão dos grupos ambientalistas vem contribuindo para o incremento da utilização de fibras naturais.
A principio, vale dizer que o ciclo de transformação do sisal em fios naturais tem início aos 3 anos de vida da planta, ou quando suas folhas atingem cerca de 140 cm de comprimento, ou seja, quando podem fornecer fibras de 90 a 120 cm. As folhas são cortadas a cada 6 meses durante toda vida útil da planta que é de 6 a 7 anos.
A fim de que o sisal possa ser colhido durante todo o ano não se deve destacar do caule as folhas mais novas. É uma planta resistente à aridez e ao sol intenso do sertão nordestino. É a fibra vegetal mais dura que existe.
Em primeiro lugar, para se trabalhar com as fibras do sisal, se passa um pente de ferro, como pregos, para assim raspar as folhas graúdas e retirar as fibras. Então, essas precisam ser secas, cozidas, secas e trançadas, para que depois possam ser tingidas com corantes naturais. As formas de se utilizar o sisal são infinitas e é até difícil escolher uma imagem para representar o seu uso em nossos colares decorativos. Escolhemos um onde o sisal foi trançado e usado para revestir as esferas do colar de mesa ou as cordas onde se prendem as folhas de madeira. Vejam:
O assunto é muito amplo e deixaremos para um próximo post artigo sobre uso de palha de milho, de casado caule de bananeira, de tucum, de carnaúba… Fibras bem especiais que geram produtos especiais e difíceis de serem reproduzidos. Até breve, então!