A artista plástica Regina Medeiros faz milagres com o vidro. Ou seja, ela consegue transformar simples itens da natureza em objetos de design especial e de muito requinte. Cabaças ou purungas como também são conhecidas, ou até um simples quiabo, a inspiram a criar. Assim, nas mãos da artista surgem belíssimos objetos de design. Enfim, além do formato especial e peculiar, seus objetos brincam com a luz. Dessa forma, eles mudam de tom de acordo com a luz que sobre eles incide. Consequentemente, dão ao local onde expostos, o toque de classe e de personalidade que os moradores procuram.
Mas como surgiu essa enorme capacidade artística? Apesar do “dom” ser algo nato da pessoa, o talento requer estudo e muita prática. Ainda que os termos “dom” e “talento” sejam similares na essência, o talento a gente pode exercitar. A junção de ambos chamamos “habilidade” . E o que fez Regina para desenvolver uma tão grande???
Além de cursar Desenho e Plástica na Faculdade de Artes Plásticas da FAAP, em São Paulo, Regina ainda é formada pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, em Educação Artística. Tanto preparo, somado ao dom nato de Regina, só podia gerar a magnífica artista na qual ela se tornou.
A mudança:
Em 1988, Regina decidiu trocar São Paulo por Belo Horizonte. E não é que o solo das Minas Gerais cooperou para tornar ainda mais especial o trabalho dela? O solo da capital mineira é rico em óxidos metálicos e como resultado as peças passaram a apresentar cores, texturas e tons chocantes… Igualmente, os generosos tamanhos dos objetos criados surpreenderam e continuam a surpreender o observador de seu tão especial trabalho.
Há mais de três décadas Regina Medeiros foi pioneira dessa fusão de materiais no vidro. Antes, isso só se usava em trabalhos de cerâmica, pelo menos aqui no nosso Brasil…
Atualmente, para mostrar que o dom pode ser geneticamente transmitido, sua filha Luciana Medeiros segue o brilhante caminho iniciado pela mãe. Enfim, o delicado e tão especial trabalho de pesquisa continua e os clientes sentem que, se com uma o trabalho já era bom, com duas, só podia ser melhor!!! E assim é!
Os tipos de fibras Naturais mais usados em decoração
Atualmente se valoriza menos os materiais sintéticos, como acrílicos e plásticos, porém em contrapartida, se valoriza muito o natural. Assim, o material natural passa agora a ser considerado o queridinho de todos. Então, cada dia mais se depara com o desenvolvimento do design e da tecnologia aplicada às fibras naturais, conferindo a este tipo de material um acabamento primoroso e com visual moderno.
Por exemplo, podemos citar a nossa linha de colares decorativos para mesas e paredes. Atualmente, são considerados como “O Novo Luxo”. Em primeiro lugar, são sempre feitos com fibras naturais e materiais obtidos da natureza de forma sustentável. Em segundo lugar, são tingidos apenas com corantes naturais e nunca agredindo o meio ambiente.
Concluindo, o artista cearense Roberto Dias Nunes assina a grande maioria de nossos colares e esculturas deste estilo e é o grande responsável pelo sucesso destes objetos.
As fibras naturais podem ser:
1-Fibras de origem ANIMAL:
Neste grupo de fibras, as principais são as de secreção glandular de insetos, como a seda, e as provenientes dos bulbos pilosos (pelos) dos animais., como a lã.
Em nossos colares ambos materiais são utilizados na forma mais rústica e menos processada. O bicho da seda, sob forma de lagarta, se alimenta de folhas de ramos podados das amoreiras. Então, após alimentadas, fazem os casulos de seda. Depois disso, este casulo é retirado e aberto. Ou seja, cada casulo é um novelinho de fio único que pode chegar a ter mais de mil metros de comprimento.Os casulos então são coletados, cozidos a altas temperaturas, onde a proteína que cola o fio do casulo é dissolvida na água, soltando o fio. É então que o fio é enrolado em carretéis, junto de outros fios de outros casulos. Esse fio, é usado nos colares da forma menos processada, daí o nome de seda rústica. De acordo com as imagens a seguir, se vê os casulos de seda e trechos de colar decorativo onde a seda rústica foi enrolada por Roberto Dias para preparo de um de seus colares.
2-Fibras de origem MINERAL:
As fibras minerais são provenientes de rochas com estrutura fibrosa e são constituídas essencialmente por Silicatos. O principal exemplo é o temido amianto.
3-Fibras de origem VEGETAL:
As fibras vegetais são estruturas alongadas, de secção transversal arredondada, e podem ser divididas de acordo com a origem. Por exemplo: fibras de sementes, de caules, de folhas, de frutos…
Logo, como as maiores dúvidas de nossos clientes e seguidores se referem às fibras VEGETAIS, vamos nos ater principalmente a elas. A imagem a seguir mostra a fibra de sisal e as paleta natural de cores da mesma. Porém falaremos dela mais para frente.
Principais tipos de fibras Vegetais:
Atualmente, as mais conhecidas fibras vegetais são o bambu, o vime, a taboa ou junco, os cipós em geral e o sisal. Conforme a forma que são trabalhadas, podem dar origem a peças de decoração muito especiais.
BAMBU:
Originário da China, o bambu simboliza a resistência. Ele se mantém firme o ano todo, porém é flexível, não se rompendo com o vento nem com o peso da neve. Atualmente, é bastante usado na confecção de objetos decorativos.
Assim, entre outras propriedades, o bambu tem em sua fibra uma aliada, homogênea e pesada. Ela é uma fibra com propriedades antibacterianas. Então, sua cultura dispensa o uso de pesticidas. Morfologicamente, podemos dizer que o bambu é um vegetal muito resistente. E tem uma alta taxa de crescimento. Por exemplo, algumas espécies de bambu crescem mais de um metro por dia, e nenhuma outra planta no planeta apresenta taxa de crescimento similar!!! Certamente, suas fibras são mais fortes do que as demais. É ecologicamente um material muito especial.
A Cana da Índia, muito usada na década de 70, nada mais é do que uma espécie de bambu. A única diferença é que a cana-da-índia tem caules mais delgados e de tamanhos uniformes.
A Taquara, da família dos bambus, é conhecida e usada desde tempos pré-colombianos, quando já lhe davam as mais diversas utilidades. É usada para a fabricação de pífanos — instrumento musical do Nordeste brasileiro de origem indígena e europeia, também conhecido como pife.
Em nossos colares procuramos prestigiar o bambu, para trazer a força desta fibra junto com os colares decorativos, para a casa de nossos Clientes. Na imagem a seguir um pedaço de bambu sustenta os fios de algodão do pingente preto:
VIME:
Vime é um material utilizado desde os tempos primitivos. Em Ur, pátria de Abrahão, descobriram sarcófagos de vime de mais de 5.000 anos. Ele é originalmente oriundo de varas moles e flexíveis do vimeiro e que passou a designar qualquer matéria-prima de origem vegetal com tais características e que, trançado, possui diversos usos, principalmente na manufatura de cestos e móveis. Com o aparecimento dos produtos sintéticos, seu cultivo diminuiu sensivelmente.
Em nossos colares de mesa, vime trançado é presença frequente. Segue um exemplo, onde ele se encontra trançado nas esferas:
JUNCO:
Parente do papiro, de caules cilíndricos e ocos, típico de regiões alagadiças, também é conhecido como Taboa.
De porte médio, a altura do junco não ultrapassa 1,5 m. A espécie brasileira mais importante é a Juncus effesus. Encontrado em abundância no Pará e na Amazônia, tem caules flexíveis, empregados na confecção de adornos, acessórios e acabamentos de móveis.
No Brasil, o próprio trabalho trançado em vime ou junco é, às vezes, chamado de Rattan, porém O Callamus rotang é uma palmeira trepadeira da Ásia e Oceania. Esta é conhecida como rottin (francês), rotting (holândes), rotim (português). O Rattan é extraído de uma palmeira original da Índia e utilizado em tramas para tampos de mesa e fechamentos de móveis.
A seguir, um colar de mesa em sisal com detalhe de anel de junco entre as duas semi esferas de madeira:
CIPÓ:
Cipó (ou apuí) é o nome dado a várias plantas trepadeiras de caule amadeirado que crescem enroscadas ao tronco das árvores ou pendem deles. Então, essas raízes aéreas é o que normalmente se chama por Cipó e é a parte utilizada na fabricação de móveis. Os cipós espalham-se por suas copas em busca da luz necessária para sobreviverem.
Os cipós podem ainda ser úteis na construção móveis e utensílios domésticos e na confecção de objetos de decoração.
Portanto, algumas espécies são extremamente antigas. Em pesquisas recentes, descobriu-se que há cipós que se originaram no Brasil, na região hoje dominada pela mata Atlântica, há cerca de 40 milhões de anos.
SISAL:
O sisal teve seu apogeu econômico nas décadas de 60 e 70. Apesar da utilização das fibras sintéticas, a necessidade de preservação da natureza e a forte pressão dos grupos ambientalistas vem contribuindo para o incremento da utilização de fibras naturais.
A principio, vale dizer que o ciclo de transformação do sisal em fios naturais tem início aos 3 anos de vida da planta, ou quando suas folhas atingem cerca de 140 cm de comprimento, ou seja, quando podem fornecer fibras de 90 a 120 cm. As folhas são cortadas a cada 6 meses durante toda vida útil da planta que é de 6 a 7 anos.
A fim de que o sisal possa ser colhido durante todo o ano não se deve destacar do caule as folhas mais novas. É uma planta resistente à aridez e ao sol intenso do sertão nordestino. É a fibra vegetal mais dura que existe.
Em primeiro lugar, para se trabalhar com as fibras do sisal, se passa um pente de ferro, como pregos, para assim raspar as folhas graúdas e retirar as fibras. Então, essas precisam ser secas, cozidas, secas e trançadas, para que depois possam ser tingidas com corantes naturais. As formas de se utilizar o sisal são infinitas e é até difícil escolher uma imagem para representar o seu uso em nossos colares decorativos. Escolhemos um onde o sisal foi trançado e usado para revestir as esferas do colar de mesa ou as cordas onde se prendem as folhas de madeira. Vejam:
O assunto é muito amplo e deixaremos para um próximo post artigo sobre uso de palha de milho, de casado caule de bananeira, de tucum, de carnaúba… Fibras bem especiais que geram produtos especiais e difíceis de serem reproduzidos. Até breve, então!
Porcelana ou Cerâmica? Veja as principais diferenças.
Apesar de ambas terem aparência vitrificada, nem todo mundo consegue identificar se um objeto é feito de Porcelana ou cerâmica. Assim, para tentar elucidar, as principais diferenças são:
1- Pelas Matérias primas utilizadas, se diferencia se o produto é porcelana ou cerâmica:
Cerâmica: Feldspato, argila e sílica.
Porcelana: Feldspato, argila, quartzo e caulim.
Obs: Há também a Terracota que utiliza apenas argila
2-Pelo Número de Queimas e temperaturas:
Cerâmica: apesar da queima ser a alta temperatura, é feita apenas uma única queima a 1150° C
Porcelana: duas queimas, ou seja, a primeira ocorre a temperatura de cerca de 980° C e a segunda à 1350° C
Obs: quando as peças de porcelana são coloridas ou têm decoração prata ou ouro, recebem ainda uma terceira queima.
3- Resistência mecânica e absorção de água:
Cerâmica: a resistência é baixa mas, a absorção é alta (de 6 a 15%)
Porcelana: a resistência é alta porém a absorção é baixa(menor que 0,5%)
4- Também se diferencia se o produto é porcelana ou cerâmica pela Cor quando crua e sonoridade:
Cerâmica: creme, som menos vibrante
Porcelana: branca, som mais vibrante.
Obs: A Terracota tem cor de tijolo.
5- Quando surgiram a porcelana ou a cerâmica?:
5.1- Cerâmica
A Cerâmica foi inventada no período neolítico – idade sda pedra polida. Assim, as peças de cerâmica mais antigas datam de 24,500 a.C.
De acordo com historiadores, outras importante peças cerâmicas foram encontradas no Japão, há cerca de oito mil anos. Mais ou menos da mesma época, são as peças encontradas no Brasil, na região da floresta Amazônica. Contudo, são peças simples…
De acordo com a capacidade da argila de ser moldada quando umedecida na proporção correta, e de endurecer após a queima, foi possível que ela fosse amplamente utilizada. Assim, no início era destinada ao armazenamento de grãos ou líquidos. Evoluíram posteriormente para artigos mais elaborados, com bocais e alças, imagens em relevo, ou com pinturas vivas. Por esta razão provavelmente passaram a ser considerados objetos de decoração.
Imagens em cerâmica de figuras humanas ou humanóides, representando assim deuses daquele período, também são frequentes. Parte dos artesãos também chegou a usar a argila na construção de casas rudes. Em outros lugares como na China e no Egito, a cerâmica tem cerca de 5000 anos.
Os babilônios e assirios também utilizavam cerâmica com ladrilhos esmaltados em azul, cinza azulado e creme e ainda relevos decorados, no século VI a.C, bem como os persas com sua fabricação de objetos em argila cozida em alto brilho, e das cores obtidas misturando óxidos metálicos, método usado ainda nos nossos dias.
Durante o século XVIII na Europa, trabalhava-se em dois tipos básicos de cerâmicas: a cerâmica dura ou a macia misturada com pasta artificial. A esmaltação industrial teve início no século XIX, por volta de 1830, na Europa Central.
Por muitos anos, as placas cerâmicas foram conhecidas como sinônimo de requinte e luxo. Com o passar dos anos, a indústria cerâmica se desenvolveu com grande rapidez.
5.2- Porcelana
Porcelana muito provavelmente surgiu na China e há mais de mil anos. Em suma, ela nada mais é do que uma variedade de cerâmica dura e branca, podendo ser ou não vitrificada. Ela é delicada, impermeável e fina, leve e brilhante quando esmaltada. A porcelana se distingue de outros produtos cerâmicos, especialmente, da faiança e da louça, pela sua vitrificação, resistência, completa isenção de porosidade e sonoridade. Enfim, ela é feita com argila branca de altíssima qualidade e é queimada por mais vezes e a temperatura mais alta, o que resulta em peças de cerâmica duras, fortes e translúcidas. Sua superfície é bastante lisa, sendo assim o tipo mais caro de cerâmica.
Após a evolução na China, por volta do século XVI, a porcelana obteve grande desenvolvimento na Coréia e no Japão, de onde foi abundantemente importada.
Foram os portugueses quem, pelas suas longas e arriscadas navegações, introduziram nos mercados europeus a porcelana.
Enquanto isso, as técnicas se aprimoram na Inglaterra, Portugal, Espanha e especialmente Alemanha, na Europa, Assim, com a prospecção e seleção de novas jazidas de caulim, no final do século XVIII as peças europeias chegavam à equiparar-se à qualidade da produção oriental.
Conta-se que Luís XVI, o último monarca da França, sempre presenteava as personalidades de outros países com porcelanas de Sévres e tapeçarias de Gobelin, o que aliás, se constituía em propaganda da excelência destes produtos.
Colares de Mesa decorativos são o hit do momento e dão um up na decoração de sua casa.
Conversando com Roberto Dias Nunes, o artista que cria a grande maioria dos colares decorativos que temos em nossa loja, soube que a ideia de criar os colares de mesa vinha dos Balangandãs. E o que são balangandãs, perguntarão os mais jovens. Portanto, para esclarecer o termo, vejamos do que se trata:
O que são Balangandãs:
Em primeiro lugar, de acordo com alguns historiadores, os balangandãs surgiram na Bahia. Eles são compostos por diversas peças penduradas em um tipo de argola decorada. Seu nome é uma onomatopeia ao som que os objetos pendurados emitem, quando em movimento. Dessa forma, em dias de festa, era comum as escravas usarem seus balangandãs para afastar mau-olhado. Como exemplo, podemos citar: miniaturas de objetos, sinais e símbolos. Ou seja, símbolos que eram originalmente confeccionados em metal, assim como figas, espadas, frutas e bichinhos.
Portanto, pelo nosso rico folclore, cheio de superstições, fica fácil entender o sucesso dos penduricalhos. Assim como as escravas costumavam utilizar na cintura em dias de festa também Carmen Miranda os popularizou nos anos 30 e 40. Dentre tantas frutas e cores, ganharam destaque os balangandãs que a cantora utilizava durante as suas performances. Atualmente eles estão de volta aos colos femininos, presos a cordões de couro ou correntes, nos mais diversos materiais e cores.Enfim, podem facilmente combinar com a moda. E seguem bem de perto seus ancestrais afro-brasileiros… Um material utilizado com frequência nos balangandãs modernos são pedras, cristais de quartzo, rosa, fumê ou mesmo em ágatas de diversas cores. E vale tudo, todas as religiões, crenças e superstições. Do crucifixo cristão, estrela de Davi, até os búzios, escaravelhos e moedas chinesas.
O que são Colares de mesa decorativos:
Acima de tudo, os Colares de mesa decorativos são objetoselegantes, perfeitos para decorar mesas de jantar, aparadores ou mesinhas de centro. Por exemplo, ficam ótimos colocados sobre objetos de vidro, madeira ou livros de arte. por outro lado, pendurados em paredes podem se tornar magníficas esculturas de parede. Portanto, por serem tão versáteis, quando próximos a objetos que pedem por um maior destaque, o fazem com maestria. Enfim são um complemento à decoração que cada um cria e usa da forma que preferir. Não existe a forma certa. O certo é fazer do jeito que se quiser…
Nos colares do Roberto Dias, encontramos muitos materiais, na maior parte vindos da natureza. Peças de madeira, de coco, chifres, osso, tudo junto e misturado com fios de algodão, seda ou couro. Além disso, as tintas que os colorem, são todas naturais também. Além disso, em vários modelos são agregados peças de cerâmica, vidro, metal ou madeira. E muitas miçangas também.
Assim, devido a alta versatilidade das peças, cada pessoa continua a obra do artista e compõe a decoração conforme melhor lhe aprouver…